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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O período de estiagem e o risco de incêndios florestais


O período de estiagem traz consigo uma preocupação a mais no que diz respeito à proteção do meio ambiente, trata-se do risco de ocorrência de incêndios florestais que acarretam, além dos danos ambientais, prejuízos financeiros e riscos à saúde humana.
Segundo dados do INPE, Instituto de Pesquisas Espaciais, o Piauí esteve entre os estados com maior numero de incêndios no Nordeste, no primeiro semestre deste ano. Mas é na estação seca que se registra o maior número desses eventos na região, especialmente nos últimos três meses do ano, que são os mais secos e quentes por aqui.
O período de estiagem proporciona o ambiente ideal para a propagação das chamas já que
há muita vegetação seca servindo de combustível para o fogo que se espalha rapidamente e atinge, muitas vezes, vários quilômetros de extensão, impulsionado pelo vento que também é mais forte nessa época do ano em algumas regiões de nosso estado, como aqui no litoral. Apesar desses fatores, o que ocasiona esses incêndios dificilmente são fenômenos naturais, na grande maioria dos casos, a causa é antropogênica, ou seja, proveniente da ação humana.
As principais fontes dos incêndios florestais são as queimadas irregulares, que são realizadas sem autorização e de forma desordenada. Outras causas humanas, comuns, são atos como deixar restos de fogueiras acesas após abandonar acampamentos,  jogar pontas de cigarro ainda acesas nas rodovias e queimar lixo na margem de estradas.
Os prejuízos desses incêndios, seja na área urbana ou rural, são muitos. O fogo nas florestas destrói a flora e a fauna, queimando milhares de árvores e matando, seja pelas chamas ou pela fumaça, centenas de animais das mais variadas espécies, trazendo prejuízo ao meio ambiente e desequilíbrio ecológico. A emissão de dióxido de carbono e o déficit de captura desse gás, provocado pela ausência das arvores destruídas, também contribuem para o aquecimento global, grande problema ambiental atual.
Além disso, a fumaça nas estradas dificulta a visibilidade dos motoristas e, muitas vezes, leva à ocorrência de acidentes graves. Há ainda, especialmente nos incêndios em área urbana ou próxima a ela, além da sujeira da fuligem, os problemas respiratórios, que acometem com maior gravidade as crianças e os idosos.
Tudo isso serve de alerta para que as pessoas procurem evitar atitudes como as descritas acima e evitem provocar incêndios urbanos ou nas florestas, e contribuam com a proteção do meio ambiente, da saúde e da vida humana. 


*Adaptada de matéria publicada, pelo mesmo autor, em proparnaiba.com/meioambiente 

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